24/02/10

Dedicatória perdida..

This is our last goodbye
I hate to feel the love between us die.
But it's over
Just hear this and then I'll go:
You gave me more to live for,
More than you'll ever know.

Well, this is our last embrace,
Must I dream and always see your face?
Why can't we overcome this wall?
Baby, maybe it's just because I didn't know you at all.

Kiss me, please kiss me,
But kiss me out of desire, babe, and not consolation.
Oh, you know it makes me so angry 'cause I know that in time
I'll only make you cry, this is our last goodbye.

Did you say, "No, this can't happen to me"?
And did you rush to the phone to call?
Was there a voice unkind in the back of your mind saying,
"Maybe, you didn't know him at all,
you didn't know him at all,
oh, you didn't know"?

Well, the bells out in the church tower chime,
Burning clues into this heart of mine.
Thinking so hard on her soft eyes, and the memories
Offer signs that it's over, it's over.

17/02/10

tenho saudades tuas
isso eu sei porque eu sinto no meu
peito esta ruas

nunca imaginei um amor assim
e agora até ficou real
mas isso trouxe coisas atrás
no momento de uma decisão percebes
tudo o que o presente faz
mesmo querendo ter alguém eu quero
ter-me a mim
mas meu amor, meu amor
nenhum de nós deixará de ser real

passo por essas ruas
isso eu sei porque eu sinto ter ainda
no meu peito coisas tuas

01/02/10

Desire
Pim
Passion
Pam
Love
Pum...

"We have a dance in the brothels of Buenos Aires.
It tells the story of a prostitute, and a man...who falls in love with her!
First there is desire,then : passion!
...then suspicion,jealousy! Anger!
Betrayal!
Where love is for the highest bidder,there can be no trust.
Without trust,there is no love!
Jealousy,
Yes, jealousy!
Will drive you ... MAD!"

19/01/10

Sangue venoso

Já senti paixão várias vezes.
Sai directa do coração, e, partido do ventrículo esquerdo pela aorta, é distribuida aos tecidos e órgãos e depois conduzida (já venosa) à aurícula direita por intermédio das veias cavas...
E corroí, faz esquecer o passado, de quem somos, o que quisemos ser, recorda-nos apenas do toque suave de uma pele que nos afaga e massaja num passar de mão sinuoso, enquanto nos derretemos e lembramos do sangue que bombeia para uma parte do corpo bem mais a baixo que o coração...
Lembramo-nos lá, no meio da cama desfeita há mais de dois dias de que horas são? A vida começa no segundo em que me agarras e me puxas para ti com tal avidez que nem parece que acabamos de nos largar (Hoje já passou um ano que estou contigo por essas contas)
Mas, incrivelmente, pela primeira vez tenho a dúvida de estar realmente apaixonada. Tudo confirma é certo. Aliás, nem sei como arranjei tempo para me largar de ti e escrever estas poucas linhas.
Consultei um médico, expus o meu quadro clinico e ele afagou a barba, inquieto. "Trancada em casa há quinze dias, palpitações, as tais borboletas no estômago, felicidade extrema... A menina tem certeza que continua a pensar no seu passado?"

22/08/09

Reage!
A mim, a ele, a ti! À vida!!
Não dances no NL quando no fundo tomaras tu ser no mínimo infeliz que já seria sinal que sentias alguma coisa. Pára de fumar cigarros sucessivos, os maços ficam vazios e o que vem? O nada que te consome nessa vida igual todos os dias, quer faça chuva quer faça sol. Ele grita 'But oh, I'm still alive!' e tu perguntas, será?

19/07/09

As minhas crises existenciais versão 1.2

Beber finos e comer percebes a tarde toda ou ir à praia torrar até serem horas de jantar?


Maria Rita - A festa

09/07/09

Já foste puta?

Um dia ditaram-me para um caderninho:

"A minha namorada é uma puta porque tudo o que me dá é pago com amor!
Mas eu sei que é fiel porque não há amor como aquele com que eu lhe pago... E eu também sou uma puta porque todo o amor que lhe dou é pago com amor e não haverá outro amor porque não há amor mais valioso que o nosso!"

.

Lembras-te?



Stevie Wonder - Master Blaster
Sabes aquele medo terrível de desapontares alguém? Quando sentes que tens de fazer alguma coisa não pela realização pessoal que isso te vai trazer mas sim pelo orgulho e satisfação que vais provocar em alguém? Não nasci talhada para o altruísmo, é certo. Aliás, o meu percurso mostra as marcas de uma vida vivida no egocentrismo da satisfação do eu acima de tudo o resto. Até que chega a um momento em que tudo o que foi depositado em mim é cobrado e o juro invisível não passa duma mão cheia de expectativas que não podem sair frustradas. Pressiona muito mais a desilusão que podemos causar com determinado 'erro técnico' do que propriamente a voz ameaçadora que voicefera um castigo severo. Sinto-me cansada. Porque raio quando nascemos não trazemos um atrelado com tudo o que é necessário para a nossa sobrevivência (incluíndo um baldinho de praia cheio de afectos e emoções)? Assim já não dependeríamos de ninguém a qualquer nível e já não haveria o dito empréstimo que teima em nos atazanar!

05/07/09

Vinte poemas de amor (sem canção desesperada)

- Te acuerdas?
- De nosotros?
- Voy a volver...
- Para siempre?
- Usted sabe que no puedo...
- Y para mí?
- No abandonó nunca.

"Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: "La noche esta estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como esta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo."

Pablo Neruda

03/07/09

O amor (não pode ser) isto.

Gosto daquela sensação que me deixas. Sentir-me um mero objecto sexual, reduzires-me ao pó e à insignificância, provares-me que 'não és, nem nunca foste nada'. Fazes com perícia e arte de quem sabe do que faz há anos. Choras e deixas-me chorar no teu peito, dizes-me que me lembras, que não me esqueces (que é, apesar da redundância, bastante diferente). Recordas-me do que foi e do que poderia ser. Deixas-me voltar a provar e ouves deliciado que 'tinha saudades'. E no exacto momento em que vez que me rendi, voltas ao teu castelo de facas, e matas-me indiferente e frio.
Se já acreditei que um dia esse castelo desaparecia hoje pouco me importa. Sofro-te outra vez, choro, rezo para que me ligues, me digas que amanhã voltas, que tens saudades minhas, mas aqui, sozinha, sem ti. Amanhã é outro dia e se a gramática diz que uma virgúla seguida de um ponto final é incorrecto, pois eu provarei que assim não o é.

29/06/09

Depressão pós-parto

Fazer um exame é como ter um filho de uma gravidez não planeada.
Na altura em que nos matriculamos na cadeira, altura em que, sem nos apercebermos, estamos a começar um novo projecto, estamos a conceber uma criatura embrionária. À medida que as aulas vão avançando e começamos a ter noção da responsabilidade que temos em mãos começamos a ganhar um carinho-ódio pelo dito cujo. Sentimos que nos rouba tempo, começam as preocupações, mas ao mesmo tempo sentimo-lo como nosso e acarinhamo-lo à medida que o vamos vendo crescer e desenvolver dentro de nós (tendo como hipótese que alguma coisa é absorvida naquelas aulas entediantes de duas horas sem intervalo).
Na parte de estudo final que antecede o exame o pânico domina-nos. Não sabemos se aquilo que andamos a carregar no ventre durante tanto tempo vai sair 'perfeitinho e com os dedinhos todos'. Vamos amá-lo e defendê-lo de qualquer forma, gritamos!
Até que cresça e venha um qualquer idiota licenciado por uma qualquer universidade dizer-nos que aquela criança não vingará e que nunca será nada. Opiniões? São como os narizes...
'Volte cá em Setembro, para vermos a evolução' - disse-me o "médico pediatra".

25/06/09

Cumplicidade

E ela transborda felicidade agora. Sentada na sala a fumar um cigarro relembrando os cinco segundos em que ele a olha no meio da conversa de grupo no café. Ele que a lê e conhece e por isso se ri da mesma piada que ela se ri, aquela que não foi contada, aquela em que mais ninguém nota, aquela que só eles entendem, porque só eles a disseram ontem à noite antes de adormecer.

15/06/09

30/05/09

Bratislava

Este teclado eslovaco da cabo de mim
Nem um ponto final consigo por numa frase e e um milagre saber onde sao os numeros°
142343434
Bratislava e a cidade a abrir, chegada muito agreste, visita pela cidade - castelo, baixa, zona ribeirinha e pouco mais. Bratislava nao e a cidade, sao as pessoas. Logo Barbecue e Special Party for Specials Friends no SubClub... 5 euros , entrada vip, bebeidas e comidas a pato
Go... O sulo esta a ser um optimo guia, levo fotos e novidades eslovacas eheh

Apertem os cintoos

29/05/09

Praha! Si a ti te gusta, a mi me encanta!

Estranho...
Aqui também há casas, ruas, pessoas, vidas!
Aqui também há sabores e cheiros, nem que seja da terrível e oleosa comida checa!
Aqui também há vontade de enganar turistas (40 coroas por um pessego no mercado o que daria cerca de 2 euros caso não tivesse reclamado!)
Mas aqui há uma história que nunca se viu por aí... Pontes de perder de vista, castelos maravilhosos, casas bonitas, passeios de coche... e meio litro de cerveja por 1euro!...
Respira-se cultura, civilização, socialismo...
E apaixono-me assim por esta cidade. E espero despedir-me com um até já!

děkuji Praha!

Amanhã Bratislava, depois... Viena!!

15/05/09

Para lá te levo, por lá te ficas

Novinky z fondu
Jak strávit dny
A pokud není důvod dost, aby mohli žít v
Jestliže láska je láska ne jíst
Já jsem lepší
V každém případě si myslíte, že mě

Pokud se dotknete něčeho
Pokud budete volat mi z nějakého důvodu
Pokud vidíme,
Pokud budeme hrát

Moje přání
Zemřete v pokoji se svým kiss
Ne budoucnosti
Usilujeme o polibek čistokrevném

I bude vždy zde
Nic se bude měnit
Cítím vás pálení v mém spodní
I bude vždy zde
Nic se bude měnit
Cítím zadáte můj svět fond

My dotekl na některé věci
My následované nějakým způsobem
Pokud vidíme,
Můžeme hrát

Moje přání
Zemřete v pokoji se svým kiss
Ne budoucnosti
Usilujeme o polibek čistokrevném

"Novinky z fondu" Ornatos Violeta

01/05/09

Estou Além

Hoje deitei-me as oito da manhã. E no meio do pouco que dormi tive aqueles sonhos estremunhados de quem não sabe se dorme ou se está acordado. Sonhei que estavas aqui, que me dizias que me amavas, que sorrias (com o sorriso que mostra que vai ficar tudo bem).
E tudo aquilo que tinha ido há tempos voltou. Voltei a ser eu, a respirar! Voltei a sentir as emoções, as paixões! Voltei a desejar, a querer! Voltei a tremer, a sentir o estômago pequenino! Voltei a querer alguém, mesmo que esse alguém sejas na mesma tu.
Desejei por tanto tempo voltar a sentir-me viva... E agora que sinto, sofro. E agora que sofro desejo loucamente que o meu corpo e os meus pensamentos, voltem a adormecer.

21/04/09

Ponto Final Parágrafo

Para o desconhecido mais familiar que "conheço".

17/04/09

- E por pouco, muito pouco, eu voltaria a ser louco...
- "...amar-te-ia outra vez!" É assim que acaba a música!
- E quem te disse que estava a cantar?

15/04/09

A frase da semana

Ao jantar

Ele - Sirvo-te?
Ela - Opah... às vezes!

10/04/09

Fazer-me rir não tem piada! Mas de vez em quando!... Talvez, quem sabe?

Pero que...


Pat Metheny & Charlie Haden -Our spanish love song

09/04/09

Estremunhices

Acordar cedo tem, como todos sabem, os seus quês. Para além da moleza e pouca vontade de iniciar o dia em glória, vem também a pouca oxigenação do cérebro que faz com que as tarefas mais básicas se tornem herculianas.
Sabem quando procuramos uma camisola preta e tiramos a primeira peça desta cor, até que olhamos para ela com olhos de ver e nos apercebemos que não era nada daquilo que procurávamos?
Foi assim esta manhã.
Nove horas e a pressão do tempo sobre mim, abro o armário, começo a preparar-me cheia de pressa, até que reparo no engano e só se ouve na casa o berro: 'Foda-se! Não é este João. É outro qualquer!'

08/04/09

Gota d'água - Chico Buarque



Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água...

07/04/09

Coincidência


O melhor Porto de sempre foi o de hoje. Forte e suave ao mesmo tempo, com o toque de grandiosidade que tem e terá. Começa com subtileza, em trejeitos de doçura e acaba com a intensidade que já todos conhecem. À antiguinha, com o romantismo de algibeira e a piada de ponta que será sempre sua.
Foi bebido hoje, às sete e picos, num por-do-sol fantástico com vista para o rio. Pouco antes dum jogo de futebol qualquer começar.

05/04/09


Chega de saudade, interpretada por Chico Buarque

02/04/09

Palmarés

Sou a única pessoa que conseguiu contar até ao infinito.
Duas vezes.

30/03/09

A idade dos porquês acabou ontem. Disseram-me

A vida traz-nos a certeza das palavras que têm de ficar por dizer. O engolir em seco é arte dolorosa que apenas a experiência nos faz aprender a deglutir. A gestão dos silêncios não é só uma técnica comercial que impinge uma espera mais tolerante a um cliente impaciente, mas é sim uma aprendizagem contínua duma salvaguarda que um dia iremos agradecer. Doí muito não perguntar o que atormenta a alma, mas doí bem mais a exposição que essa pergunta traz - assim a vida me sussurrou.
Qualquer pergunta traz consigo um desejo interminável de ver alguma questão esclarecida. E essa vontade traz agarrada ainda outra, bem mais profunda e reveladora. Mostra o que inquieta a alma. Mostra a importância que damos aos temas e, acima de tudo, às pessoas em particular.
E será que esses miseráveis merecem tal importância? É esta a única questão que, tão cedo, ouvirão da minha boca.
E eu também!

29/03/09

Direito de resposta

Resposta ao post de 04-01-2009 "As mais belas frases de amor"

- Eu acredito que o amor foi feito para adormecer nele...
- Oh, dizes isso porque estás com sono!

28/03/09

[Beijo ; Sexo[

Querer-te é aquele meio espaço entre o primeiro beijo que trocamos e o pós-orgásmico do sexo.

Problema de expressão II

Estranho é quando a coisa mais romântica que gostamos de dizer é, naquele sotaque beirão voiciferante, a profunda e apaixonante frase 'Sabes, és um valente filho da puta!'

27/03/09

Recordar é limitar

Há uma vontade enorme de te dizer o que não digo. De nada valem as palavras do passado ditas num futuro do indicativo.



"As recordações em amor não constituem uma excepção às leis gerais da memória, também ela regida pelas leis do hábito. Como esta enfraquece tudo, o que mais nos faz lembrar uma pessoa é justamente aquilo que havíamos esquecido por ser insignificante e a que assim devolvemos toda a sua força.
A melhor parte da nossa memória está deste modo fora de nós. Está num ar de chuva, num cheiro a quarto fechado ou no de um primeiro fogaréu, seja onde for que de nós mesmos encontremos aquilo que a nossa inteligência pusera de parte, a última reserva do passado, a melhor, aquela que, quando se esgotam todas as outras, sabe ainda fazer-nos chorar."
Marcel Proust, in 'A Fugitiva'

26/03/09

As minhas saudades tuas (Foge foge bandido)

tenho saudades tuas
isso eu sei porque eu sinto no meu peito essas ruas
nunca imaginei um amor assim
e agora até ficou real
mas isso trouxe coisas atrás
no momento de uma decisão percebes tudo o que o
presente faz
mesmo querendo ter alguém eu quero ter-me a mim
mas meu amor
nenhum de nós deixará de ser real
passo por essas ruas
isso eu sei porque eu sinto ter ainda no meu peito
coisas tuas



Manuel Cruz - Nunca parto inteiramente

23/03/09

@

Então e quando é que falamos do Estágio Internacional??


Aiesec dancing Tunak Tunak

16/03/09

E agora?

Afganistan Argentina Armenia Australia Austria Azerbaizan Bahrain Bangladesh Belgium Bolivia Bosnia&Herzegovina Botswana Brazil Bulgaria Cameroon Canada Chile China Colombia Costa Rica Croatia Czech Republic Denmark Dominican Republic Ecuador Egypt El Salvador Estonia Finland France Gabon Georgia Germany Ghana Greece Guatemala Hong Kong Hungary Iceland India Indonesia Iran Ireland Italy Ivory Coast Japan Jordan Kazakhstan Kenya Korea Kyrgyztan Latvia Lithuania FYR of Macedonia Malaysia Malta Mexico Moldova Morocco The Netherlands New Zealand Nigeria Norway Pakistan Panama Peru The Philippines Poland Portugal Puerto Rico Qatar Romania Russia Rwanda Senegal Serbia Singapore Slovakia Slovenia South Africa Spain Sri Lanka Sweden Switzerland Taiwan Tajikistan Tanzania Thailand Togo Tunisia Turkey Uganda Ukraine United Arab Emirates United Kingdom United States Uruguay Uzbekistan Venezuela Vietnam Zimbabwe

15/03/09

Desaparecer

Desde o presente do indicativo ao pretérito imperfeito, passando pelo gerúndio e culminando até no participio passado, é com a conjugação do verbo desaparecer que me apetece terminar todas as frases

"Hoje vou sair, embebedar-me, levitar, sentir que por segundos desapareço"
"Esta sensação de vazio nunca mais desaparece"
"Há pessoas que, por acto de magia, deviam desaparecer das nossas vidas"

ou só

"Desaparece!"

e até

"Ficas a dormir lá em casa, mas amanhã..."


Radiohead - Last flowers to the hospital

13/03/09

09/03/09

Eu limito-me a dormir,comer e pouco mais...

Há um novo fenómeno que impera por este Mundo fora, que, apesar de não transformar a mulher no chamado sexo dominante, inquieta e faz mossa nos seres que transportam duas bolas num qualquer saco na zona genital: São as supergajas.
Estas são apenas gajas boas, giríssimas, com vidas preenchidas e interessantes, que conseguem conciliar carreiras bem sucedidas com rabos firmes e actividades humanitárias e filantrópicas. Não descuram também casamentos felizes, dúzias de filhos e ainda vidas sociais agitadas.
Qual de nós não queria ter amigos, marido, filhos, carreira, ginásio, mamas gigantescas, cintura de vespa e ainda um tempinho ou outro para dar auxílio a uns quantos pobrezinhos e acharmo-nos assim a Angelina Jolie de Relvas de Baixo? Brilhante, não é? Para alguns até impossível. É apenas uma enorme organização concentrada numa fashion agenda Vogue. A beleza do fenómeno é estas supergajas fazerem tudo o que os homens fazem, mas, como já todos ouvimos num cliché qualquer, fazerem-no de saltos altos.
A todas essas supergajas um bem haja.

05/03/09

Haverá algo pior do que a espera?

(Post em construção, aguarde um momento por favor)

04/03/09

Creep

Ontem conheci e beijei um estranho.
Estranho...


Stone Temple Pilots - Creep

03/03/09

Ode à resignação

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás, dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão,e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva,
É verdadeira. Aceito,
Cerro os olhos: É bastante.
Que mais quero?

Ricardo Reis

Control



Atmosphere - Joy Division

01/03/09

'Mas por pouco, muito pouco, eu voltaria a ser louco, amar-te-ia outra vez (?) '

"Não te quero senão porque te quero,
E de querer-te a não te querer chego,
E de esperar-te quando não te espero,
Passa o meu coração do frio ao fogo!
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo!
E a medida do meu amor viajante,
É não te ver e amar-te,
Como um cego...

Talvez consumirá a luz de Janeiro,
Seu raio cruel meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego,
Nesta história só eu me morro,
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero amor,
A sangue e fogo."


Pablo Neruda

Hoje és bebé!


Parabéns à nossa maravilhosa Rádio Universidade de Coimbra pelos seus 23 aninhos!
Esperamos por todos na festa com actuação dos The Portugals às 17h30 no corredor da Rádio! Até lá!

26/02/09

Melhor argumento adaptado

O feminismo foi, como é de conhecimento geral, criado pelos homens para que a promiscuidade e leviandade proliferassem:

"Mulher, liberta a tua mente, liberta o teu corpo" - para que assim te possamos mais fácilmente foder!..



Daydream, delusion, limousine, eyelash
Oh baby with your pretty face
Drop a tear in my wineglass
Look at those big eyes
See what you mean to me
Sweet-cakes and milkshakes
I'm delusion angel
I'm fantasy parade
I want you to know what I think
Don't want you to guess anymore
You have no idea where I came from
We have no idea where we're going
Latched in life
Like branches in a river
Flowing downstream
Caught in the current
I'll carry you
You'll carry me
That's how it could be
Don't you know me?
Don't you know me by now?

25/02/09

Eu não acredito... Mas que as há, há!

Sonhei hoje que era perseguida por uma pessoa muito má que me agarrava nunca deixando de me fitar com um olhar vazio e tenebroso. Essa pessoa não tinha rosto, não era ninguém e era no fundo toda a gente. No sentido prático, nada de mal me infligiu. Não me torturou, não me bateu, não me tirou as roupas com violência. Mas, sem qualquer explicação, assutava-me de morte. Eu sabia que essa pessoa era má apenas através daquele olhar gelado que me lançava. E se não o fosse, porquê perseguir-me? Tinha na certa um qualquer intuito macabro e horroroso...
A parte estranha é que, mal me senti assustada gritei, mas não emiti nenhum som. A boca abria-se, o desespero tentava-se soltar mas saía mudo. E essa sim foi a parte mais spooky... A incapacidade de reacção era horrivel, desesperante!!

Eram 12h30 quando o despertador tocou (pela enésima vez). Doêm-me os pulmões e estou completamente rouca.

21/02/09

Justificando a ausência...


Einstürzende Neubauten - Silence is sexy

02/02/09

No TAGV na sexta-feira passada...


Pásion - Rodrigo Leão Cinema Ensemble, interpretado por Celina da Piedade

Maravilhoso...

01/02/09

11-11-2006

Hoje abri o empoeirado baú das recordações.
Sentei-me no chão do meu quarto, com as pernas cruzadas, forcei a empenada porta de madeira, e deparei-me com aquela imensa arca relativamente nova, pouco preenchida e desorganizada. Perdi pouco tempo a mirar o que já lá estava. Olhei então para o chão onde me sentava e comecei mentalmente a tentar organizar cronologicamente as lembranças que iria arquivar.
Hoje abri o empoeirado baú das recordações, mas não para me deleitar a apreciar o que já lá estava. Abri-o porque te queria esquecer.

Fixo-me numa fotografia. Não estamos particularmente bem, já deveriam ser umas 3h da manhã quando a foto foi tirada, os cabelos despenteados, os olhos semi-cerrados do cansaço a contrastarem com o sorriso de quem vive uma festa académica com intensidade, fazem sempre uma combinação desastrosa! Percebo então, olhando para o que me resta de nós, que essa fotografia é especial só e apenas porque foi a única tirada em conjunto, o único registo de uma história proibida que todos sabiam mas à qual fecharam os olhos, o único documento que, daqui por cem anos, quando já ninguém se lembrar dos nossos nomes, vai provar que houve uma ligação entre nós.

As imagens do que vivemos começam a aparecer a uma velocidade maior do que a que consigo assimiliar, fotos começam a parecer uma curta-metragem pela rapidez e interligação com que passam à frente dos meus olhos! Lembro-me da primeira vez que te vi, de como estavamos vestidos, do que passava na televisão, de quem estava, do que se falou!
Rapidamente salto para o dia em que me apaixonei, do primeiro beijo trocado, das palavras bonitas lançadas num sonho de uma noite de verão, das saudades de uma espera que não acabava, da tortura de não saber se ainda me querias depois de tanto tempo separados, do reencontro forçado, do renascer da história, do calor de te voltar a beijar e te sentir finalmente meu (!) , do primeiro desgosto, da primeira discussão, do primeiro adeus seguido da primeira reconciliação, de sermos felizes!! Até ela voltar e levar-te de mim...
Relembro claramente o fim.

As minhas mãos tremem, já não seguram a foto com firmeza.
A minha face inunda-se...
Lágrimas escorrem pelo corpo frágil, encolhido.
A tristeza de não te ter supera a felicidade de te ter tido.
Olho para a foto antes de a guardar e reparo que já não é a mesma. A minha tristeza deixou que as cores se fundissem num misto incompreensível e a tua cara já não é perceptível. Tornou-se num borrão de tinta que se propaga pelo meu corpo fotografado também. No momento em que a tristeza de ter estragado a nossa única foto a dois se começava a instalar no meu estado de espírito, apercebi-me que aquela tinta a escorrer-me por entre os dedos era o espelho do que sobrou de nós:
Quanto mais desapareces da minha vida, mais te alastras no meu ser.

(Relato do 4º mês após o ínicio do nada)


Björk - Play Dead

23/01/09

Club Silêncio

Não te sofri nem por um segundo. A saída da minha vida já havia sido concretizada muito antes de, esperadamente, fechares aquela porta. Recordando o momento como que uma Polaroid, disseste-me que ias fazer umas compras, que nos veríamos à noite, e que (como era usual nas nossas despedidas) me amavas. Mas já era mentira. Há mais tempo do que podíamos sequer imaginar.
Hoje, quando a dor já não faz mais sentido, quando o tempo já não me traz o teu nome, choro-te... Com raiva, saudade e nenhum amor. Estranho é chorar alguém que não amamos, como se assim o sentíssemos. Amo a felicidade que me deste naqueles tempos em que nos trancávamos no quarto dias a fio e contávamos, entre vírgulas de risos, tudo o que nos lembrávamos sobre a nossa vida passada. Como gostava da sensação de me conheceres como alguém jamais havia conhecido. Era de facto feliz! E como era (estupidamente...) feliz quando me aninhava no teu colo no sofá! Choro tudo isso, não te choro a ti.
Por vezes, como que vivendo em Mulholland Dr., equaciono um desfecho diferente para nós. Sonho que naquele dia não decídiamos abruptamente o fim. Sonho que voltávamos a casa (rindo). Sonho que voltaríamos a planear e projectar (rindo). Sonho que seríamos novamente felizes como éramos quando fomos (rindo, mas desta feita com o riso do casal de idosos num taxí por L.A.). "No hay banda. There´s no orchestra. Il n´y a pas de orchestra. It´s all recorded. It´s all in the tape."
Mas tal como no filme sei, que se assim fosse, não seria de todo melhor. Com o tempo descobririam o meu corpo inerte apodrecendo numa cama dum quarto de solteira. E a caixa azul de pandora (sempre foi esta a cor) voltaria a abrir-se incompleta, todos os males do Mundo, mas sem a esperança no final. Foste, é certo. Mas não és e nunca serias, apesar de eu ter acreditado.
Mas choro-te, mesmo sabendo que, por momento algum, te deveria ter chorado.


Llorando from Mulholland Dr. - David Lynch

18/01/09

Textos Avulso

"Acendes-me.
As borboletas esvoaçam, na iminência da tua presença.
Cada segundo contado,
Cada minuto transformando-se numa hora,
Cada quilómetro percorrido apertando-me a bomba da vida.
O sangue expelido percorre as minhas veias
Na ânsia de ser aquecido pelo teu calor.
A boca rasga-se num sorriso nervoso.
Sorriso esse que contagia os olhos,
Brilhantes de tal maneira q contêm dois sóis!
Rebrilho!
A distância aproxima-se do nada.
A contagem-decrescente está prestes a chegar ao fim.
As borboletas redobram o seu esvoaçar.
A compressão da bomba da vida mal me permite respirar.
O sangue corre à velocidade da luz.
É nada!
Agora espero.
Exalto-me!
És tu que vens lá.
Com um sorriso no rosto na minha direcção.
Aqueces-me!
Libertas as borboletas,
Que esvoaçam à minha volta antes de voarem para longe.
Tiras-me o peso do coração.
E da alma.
Atiças-me o fogo que sou eu.
Páras o tempo.
Agora somos nós
E nada mas mesmo nada à nossa volta.
Os sóis brilhantes que são os meus olhos ofuscam tudo o resto.
Menos nós.
No meio do nada.
Somos só nós e o sol ofuscante.
E o júbilo tangível à nossa volta.
Toco-te por fim.
Voo!
E volto à realidade.
O segundo do reencontro durou uma vida.
Vida essa que se comprime nas próximas horas.
Horas nas estrelas!
Com sóis brilhantes por cima de nós
E borboletas esvoaçantes à nossa volta.
Horas que o Tempo teima em transformar em segundos.
Horas que voam e fogem de nós.
Horas que nos aproximam do segundo da despedida.
Muitas vidas se vivem nessas horas:
Vidas de felicidade,
De amor,
De procura de contacto
E de incerteza de desejos e anseios.
Vidas transformadas em horas!
A leveza das nossas almas faz voar os nossos corpos.
O nosso mundo torna-se verde e laranja,
As cores a que as nossas almas brilham juntas.
Tornando-se uma!
Mas por fim chega o maldito segundo.
Angustio-me!
Morro,
Revivo
E volto a morrer.
Num segundo.
Segundo de despedida.
Segundo prolongado ao máximo
Na esperança que o Tempo o páre.
E não o deixe nunca terminar.
Oprime-me!
O saber que o Tempo se ri de nós
E da nossa luta para que o segundo não passe.
Um último toque.
Um último olhar.
Um último sorriso.
Uma última tentativa de mostrar os nossos desejos e anseios.
Passou!
A tua figura a diminuir na distância.
Os sóis deixam de brilhar.
Uma pedra cai no lugar da bomba da vida.
A alma enegrece.
Cada quilómetro percorrido tira a força do sangue que me percorre as veias.
O fogo morre.
Apago-me."

Andreia Cortez
(pelas saudades que tenho tuas... e por como queria desesperadamente prolongar a recordação daquela nossa última noite... Lembras-te de estarmos juntas e felizes no Seven? Lembras-te de como tudo era diferente?! Hoje deu-me uma crise nostálgica... Não sei.. Tenho saudades tuas, precisava de estar horas a falar contigo sobre coisa nenhuma! Daquelas minhas descrições dos meus estados de alma que tu carinhosamente ouvias! Volta para mim... (E aos saltinhos!)


Can't Take My Eyes Off You - Cover dos Muse

14/01/09

0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233 . . .

(...) e não são os números do Euromilhões!

Frases (Bárias bariadas)

"Deus, o pesadelo dos meus dias. Tive sempre a coragem de o negar, mas nunca a força de o esquecer."

Miguel Torga, ou, para os amigos, Adolfo Correia Rocha (e como custou ontem lembrar-me deste nome!)

12/01/09

Nós (e o efeito vidro-espelho)

Sentavas-te na sala.

A moleza com que te aconchegavas no sofá fazia prever que hoje era mais um daqueles dias em que te consideravas cansada. Do trabalho, das tarefas domésticas e até mesmo do cargo genearca que ocupavas.
Ligavas a televisão na ânsia de saber se já tinha começado a tua novela predilecta, mas logo começava o bombardeamento de publicidade, um dos males do século XXI.
Espreitava-te através das janelinhas na porta e sentia vontade de te falar, de resolver de uma vez a discussão que se arrastava há dias. Já não sabia do que havia de me desculpar primeiro, o começo das discussões acabava sempre por ser algo que se esquecia facilmente de tão ilógico que era. No final já discutíamos por outra coisa qualquer, tão ou mais absurda. Cada uma com a sua razão. Cada uma com a sua teima. "Um teimoso não teima sozinho".

Estava tão retirada neste pensamento que quando voltei a mirar a porta já não te conseguia ver. O vidro-espelho, aquele que ocupava as janelinhas da porta, pelo qual te espreitava, desempenhou a sua função e começava então a espelhar-me. "Fotocópia da tua mãe" diziam-me tantas vezes... Erámos de facto iguais. Não só nos traços físicos inegáveis mas também na personalidade. Nas qualidades, nos defeitos. E por isso discutíamos vezes sem conta. Não era fácil para nenhuma de nós ver reflectido no temperamento da outra tudo o que de mau queriamos eliminar de dentro de nós. Claro que há traços que nos distinguem, o difícil era saber qual tinha sido agraciada com os melhores. Estarmos frente-a-frente era como aquele vidro-espelho translúcido, que ora nos mostra reflectidas ora nos deixa ver um bocado além.

Ganho coragem e entro. Ignoras-me como sempre fazes nestes dias azedos. Sento-me e começo a olhar para a televisão. Este era um exercício que fazia muitas vezes. Olhar atentamente para a televisão, como se de facto estivesse a acompanhar o programa, enquanto vou pensando na melhor forma de te abordar. "O que vai ser o jantar?" pergunto tímidamente, achando que foi a melhor das tiradas. "Eu é que sei? Porque não tratas tu disso? Esse vinte e quatro anos só servem para ..." Começo-me a perder no som da discussão. Deixo de te ouvir e entristeço-me no meu silêncio. Raios para os mal-entendidos!! Eu só queria resolver o problema, mas o orgulho fez-me contornar a abordagem, e a minha primeira desencadeou nova discussão. Se ao menos tivesses lido no meu olhar...

Quando recomeço a ouvir-te estavas ainda na descrição de todas as faltas e deformidades do meu carácter. Ou pelo menos das que te lembravas. Mas, com a conhecida dose de mau feitio que me pertence, a tristeza começava a ser transformada em indignação! Não podia ser acusada de tudo aquilo calada! Ía começar a responder-te quando me apercebi do problema da situação: discutíamos por nada em especial e iríamos continuar a discutir até alguêm pôr o orgulho de lado. "Tens razão, mãe. Desculpa. Não penso nas coisas antes de as fazer". Olhas-me com supresa e eu dirijo-me a ti, encaixando-me no teu regaço e cobrindo-te de beijos. Choramos as duas. Um choro silêncioso, reconfortante. "Desculpa-me também, filha." E era com esta frase que, desde que me lembro, acabavam sempre as discussões.

Não sinto que o problema tenha ficado resolvido, não sinto que tenha explicado o que realmente se passa na minha alma. Mas percebo hoje que não era isso que era pretendido. Apesar de sermos ditas iguais, havia uma distância grande entre nós, vivências que não eram partilhadas, experiências de vida diferentes. Eu nunca saberei o que é viver na meninice sem um brinquedo para brincar, ou como é ter uma filha para educar no fim da adolescência. E tu não sabes o que são desilusões de amor, amaste um só homem e casaram, tal e qual "Cinderela dos anos 80". Tu nunca saberás viver a minha adolescência porque não tiveste a tua. Será que isto nos separa? Deixa de facto muita coisa para trás... Coisas que podiamos falar abertamente e não falamos. Coisas que podiamos sentir juntas e não sentimos. Mas deixa-me a certeza de que se fossemos do mesmo ano seríamos as melhores amigas. Assim somos mãe e filha. E não tenho dúvida do que é mais forte.

E com tudo isto, hoje ganhei duas coisas, a descoberta da fórmula secreta de resolver discussões e o direito de fazer o jantar.


Wonderful tonight - Eric Clapton

11/01/09

O Prazer da Monogamia

Senti-o respirar e acordei.

Não estava habituada a ter alguém a dormir comigo, incomodava-me ter de partilhar o espaço de uma cama de solteira, não gostava das lutas pelos cobertores, entrava em pânico com o acordar a dois e especialmente com aquelas palavras lamechas, ditas no meio de um pequeno-almoço que dava certamente para alimentar um família, pela abundância e variedade de comida. Talvez fosse por isso que eu não gostasse de dormir acompanhada. Gostava de pequenos-almoços simples, café e torradas, e o dia corria-me muito melhor.

Tentei não me mexer com medo de o acordar. Não saberia o que dizer. A nossa relação de poucas semanas não me havia preparado para esta primeira e repentina dormida juntos. Era sempre assim, tudo muito precipitado. Não conseguia contar as relações que tinha tido nesse último ano e os meus amigos já se riam quando eu dizia que estava mesmo apaixonada e que desta é que era. Apesar de tudo, eu acreditava no que dizia, mas logo se revelavam os primeiros defeitos, brotavam as primeiras discussões ao mesmo compasso que aparecia um novo alguém na minha vida, ainda envolto na cortina do mistério, com o charme natural do desconhecido. Era então um novo começar numa relação que eu achava que ía ser a "tal" e o fim de outra que eu tinha apelidado outrora do mesmo modo. E eu acreditava mesmo no que dizia. (Mas sentia?)

Não me sentia culpada pela velocidade avassaladora a que consumia os sentimentos. Os meus e os dos outros. "Que culpa tenho eu se deixo de gostar? Nunca enganei ninguém" mentia para mim própria. A traição era um pecado que me podiam apontar. Por vezes a celeridade da nova paixão não dava tempo de findar a anterior e envolvia-me em jogos sujos de engano e de mentira. "Era apenas mau timing" sorria irónicamente. Abstraí-me nestes pensamentos até que adormeci no leito da minha própria ilusão.

Voltei a acordar com o mexer do seu corpo. O dia já ameaçava nascer e conseguia então observar-lo. O tronco nu, os seus braços fortes, a pele morena. Fixo-me no seu rosto. Está sereno, dorme profundamente e consigo adivinhar pelo suave sorriso que esboça que viajava num sonho bom. Nunca lhe tinha topado esta expressão. A vivacidade que emana, os risos sonoros, a gesticulação exacerbada, toda essa extroversão escondiam esta calma que também é sua. Graciosidade e beleza tomavam conta de mim. Sinto-me então bem ao seu lado, como nunca me sentira com ninguém. Seria por me entregar constantemente à loucura da luxúria sem tirar partido de momentos como estes?

Mexo-me calmamente, com medo de o acordar e interromper o único momento que valera a pena na noite. Aconchego-me no seu peito, e beijo o seu rosto. Agarra-me a mão. "Bolas! Estragaste tudo!" pensei. Nesse segundo rodou o seu corpo para mim e olhou-me nos olhos. Sorriu do mesmo modo que sorria no sono, enquanto encostou os lábios ao meu ouvido e me murmurou versos de Neruda. Ri alto. Um riso feliz, desconcertante. Fixou-me novamente e perdemo-nos os dois numa viagem de sentidos. A minha pele queimava em contacto com a sua. Olhava-o extasiada enquanto me tocava com exagerada calma "Quero muito mais do que me estás a dar. Quero que a tua alma seja minha" Tantas vezes já tinha ouvido palavras como estas, mas nesse dia fizeram, pela primeira vez, sentido. Queria que esse corpo que me queimava acordasse ao meu lado todos os dias. Queria que esse sorriso que me enlouquecia me acordasse todas as manhãs. Rolámos para o chão, e amámo-nos ao som do amanhecer de um novo dia....

O dia em que descobri o prazer da monogamia.


Interpol - No I In Threesome

I chose not to choose life, I chose something else

Recuso-me.
Recuso-me a escolher a vida convencional. Recuso a vida do nascer, aprender a gatinhar, dar os primeiros passinhos (enquanto fazemos as delícias dos nossos pais).
Recuso-me a brincar, ir à escola, namorar, entrar na faculdade, ter a primeira desilusão de amor e ultrapassar o primeiro grande problema.
Recuso-me até a conhecer o homem da minha vida, acabar o curso, casar, comprar uma casa, um carro, ter o primeiro filho, fazer uma belíssima viagem até um destino exótico no estrangeiro (e quem sabe a única),ter o segundo filho, começar a ter problemas conjugais (mas mantendo aquele casamento porque socialmente parece bem e não me sentirei capaz de viver sozinha), ver os filhos irem para a escola, casarem, até que nasce o primeiro neto, no dia em que surge a primeira ruga e os cabelos brancos.
Se esse dia chegasse recusar-me-ia a viver o resto da minha vida vivendo a vida dos outros, quem sabe até com alzheimer sem me puder sequer lembrar dos poucos e raros momentos de felicidade que tive.



Lou Reed - Perfect Day
(para quem tem saudades de quando o NL fechava às sete)

09/01/09

Quem não passou pelo embaraço do sorriso que diz tudo, mas que, no final das contas, não queria dizer nada? Poderia fazer uma enorme dissertação sobre o tema, poderia contar-vos das inúmeras vezes em que fui forçada a fazê-lo e das outras tantas em que mo fizeram, mas limito-me a sorrir, deixando assim perceber que o tempo que dispensaram a ler este texto, foi claramente em vão... Ou não! Por vezes esse sorriso traz mais coisas escondidas que o mero abafar dum silêncio inevitável. Pelo menos assim hoje mo disseram.

E tu? Já sorriste hoje?

08/01/09

Habla con ella

Abriu a porta de casa, num estado de alcoolémia silencioso. Em bicos dos pés dirigiu-se até ao quarto, calcorreando todo o corredor em passos de ballet. Despiu-se aos apalpões, sem acender a luz, num gesto mecanizado e decorado na altura em que o pequeno almoço se tomava rigorosamente às 16h00. Ao deitar-se inclina o corpo num reflexo rápido de abraço. Não o sente. Apesar de estranhar, não faz questão de o procurar.

Abriu a porta de casa, num impulso de coragem. A garrafa de whisky barato a rasar o fundo atestava o estado de nervos em que se encontrava. Bate o portão antes de se dirigir para o carro. A perspectiva de a encarar supera todas as forças dum discurso imploratório ensaiado para cima de dez vezes naquela última hora. Acelera em direcção a nada, chorando compulsivamente.


Caetano Veloso - Cucurrucucu Paloma in 'Habla con ella' Pedro Almodóvar

Poemas avulso - "Às vezes em sonho triste"

"Às vezes, em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz.

Vive-se como se nasce
Sem o querer nem saber.
Nessa ilusão de viver
O tempo morre e renasce
Sem que o sintamos correr.

O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
Nesse país por onde erra
Meu longínquo divagar.

Nem se sonha nem se vive:
É uma infância sem fim.
Parece que se revive
Tão suave é viver assim
Nesse impossível jardim."

Fernando Pessoa


Jorge Palma - Terra dos Sonhos

As mais belas frases de amor

As mais belas frases de amor:

"O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)."
Milan Kundera, 'A insustentável leveza do ser'


Chico Buarque - João e Maria

04/01/09

As mais belas frases de amor

As mais belas frases de amor:

"A vida tinha-se encarregado de lhes ensinar que a felicidade do amor não se fez para adormecer nela, mas sim para se foderem juntos."
Gabriel Garcia Marquez, 'Notícia de um sequestro'


Dead Combo - Lusitânia Playboys

31/12/08

I've lost control again


Joy Division - She's lost control

Ficam os sorrisos, os beijos, as conversas no meio dos cigarros e os cigarros no meio das conversas, os cafés queimados, as tostas-mistas, as noites fugidas, os dias perdidos e os dias encontrados, os segredos, as discussões, as pazes ( eheh!!), ficam também as saudades (já não as levo), os copos meio cheios, as garrafas, essas, já meias vazias, ficam também as viagens, os destinos e acima de tudo as promessas.
Sim, ficam as promessas...

Um Bom Ano, para quem ainda não o passou!


"I like a scotch that's old enough to order its own scotch"

29/12/08

Foi pecado.. Foi pecado.. E foi pecado sim senhor!

Quantas vezes já pensei o que mais será preciso para que saias de vez da minha vida.

Recordo-me com plena exactidão do dia em que me apaixonei, essa terça-feira quente em que me vestia pirosamente de ganga e prateado. Não me teria sentado contigo no jardim e não teria aceite a pastilha de mentol que dividimos (em duas partes desiguais e 'Tu ficas com a maior', disseste-me, como aliás tudo o resto, inclusivé o amor).

Quando me deitava irreflectidamente feliz, sabia que acordaria ainda pior. O amor que sentia exponenciava-se com a noite, encontravamo-nos britânicamente às 3h45 no mundo mágico dos sonhos e antecipava as aventuras que viveríamos em breve. Só anos mais tarde percebi que eu nunca saí realmente de lá. Apesar de acordada, a droga que me davas (à qual eu chamava ingenuamente amor) mantinha-me presa nesses sonhos e pintava a dura realidade naqueles tons pastel que só tu sabias usar.

Nisto vens tu, o outro tu, tu que me lês escondido e me recordas em profundo segredo. Fazes-me acreditar numa cura que nunca existirá e acordas-me da trip psicadélica de drogas que ele, o outro ele, me tinha dado (aquelas a que eu chamava amor). Também tu, o outro tu, me mentiste. Não passou. Não passará.

Abri-te a porta outra vez, quis que nos voltassemos a rir em uníssono. As garrafas que bebemos juntos têm um sabor especial, não achas? E nós, juntos, como já tantas vezes o dissemos, somos super-heroís! Desenvolvemos aqueles ultra-poderes de nunca nos deitarmos antes das nove da manhã (mesmo que na noite anterior nem se tenha visto a cama), praticamos feitos incríveis e nunca revelamos a nossa verdadeira identidade. Somos dois estranhos que se conhecem há anos de mais sobre a forma de super-heroí. De ti, nada sei. Quanto àquele com quem durmo, conheço melhor que qualquer outro alguém.

Abro-te novamente a porta (desta para saíres), mas deixo-te a escolha. Sabes quando levamos as visitas à entrada, abrimos a porta e voltamos para a sala? Não é amuo, é desejo profundo que não partam. E tu, matreiro, sais, mas, como sempre, deixas a porta encostada...


Fausto - O barco vai de saída

27/12/08

Communist Christmas

Opah... O Natal já foi, é certo... Mas tinha de ficar este vídeo..
No mínimo esplêndido (como o arroz doce)

26/12/08

01/01/2009

Foi especial!
Este blog não tem por hábito ser a descrição do meu dia-a-dia. Mas o evento merece ser registado.
Um noite normal, uma banal ida ao Tropical, o café e o martini de sempre! Um passagem frustrada pelo Xuven e uma ida para o Quebra com direito a desvio.
'Parem aí em Letras' e o carro abranda, saem dois dos nossos amigos do outro carro, abrem a mala, sacam de flutes de plástico, champagne, bombocas, uma toalha de Natal, guardanapos dos reis magos, passas, megafone e banda sonora a condizer e dizem 'Já que não passamos o Ano todos juntos, hoje é a nossa passagem de ano! 10, 9, 8, 7, 6 (...)' E a euforia instala-se! Dançamos sozinhos ao som do Fantasma da Ópera, gritamos bom ano! Beijamo-nos e abraçamo-nos! A melhor surpresa do ano, num misto de euforia e revivalismo! (E como vos adoro!! Ki, Filipinha, Janeca, Dr.Lemos, Ricardo Pinto, Raquel e Mary, um Bom Ano meus amores)
Segue-se uma ida ao Quebra, com o revivalismo de quem acabou de deixar um ano para trás, uma entrada triunfante no Nl, com direito a lágrimas de revolta (a coisa estava a ficar preta) e um 'como gostava de te ter conhecido antes do Jota' no meio de risos histéricos e olhares de desejo. Ficam os beijos e as recordações! E viva 2009!!!!


"Fantasma da Ópera" Joel Schumacher

23/12/08

Bacalhau com (quase) todos (The Nightmare Before Christmas)

Sem presentes.
Sem bolo rei (para quê tanta massa de bolo afundada em frutas cristalizadas que ninguém gosta?).
Sem bacalhau (e se me apetecer empanturrar num Double CheeseBurger com extra queijo, batata e coca-cola grande (desconto cartão de estudante) com molho para batatas?).
Sem pinheirinho ilumindado (o boneco de contraplacado roubado numa manifestação enfeitado com um fio de luzes servirá na perfeição).
Sem presépio (acho que nem valerá a pena explicar).

Mas o que é certo é que por mais 'Grinch' que se seja, o espírito contagia e portanto, cheia de vontade de fazer coisinhas boas pelos outros, distribuir sorrisos e passar uma noite fantástica na companhia daqueles que no fundo estarão sempre lá.

P.S. Sem a prima (e que falta me faz)


"The Nightmare before Christmas" Tim Burton
What's this?

18/12/08

Amor clandestino

Amo-te num segredo profundamente altruísta.
Sem que ninguém sequer desconfie (nem mesmo tu), recordo-te nos beijos que não demos e nos passeios que nunca faremos. Numa jura de amor profunda faço meus os teus desejos e entrego-me numa voluptuosa noite de amor imaginada. O altruísmo do segredo evita que te confronte com uma paixão que rejeitas, que te embarace com um amor que não pediste.
E assim, como não sabes, desta forma permites-me a amar-te.
E nesta forma de amor consentido não sofro, porque, desculpa que to diga, se mo permites a sentir é porque o queres e assim também tu, sem saberes, me amas em segredo.


Deolinda - Clandestino

Cara de Anjo Mau

"No bairro do amor a vida era um carrossel onde havia sempre lugar para mais alguém.

Mas numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte e em que o sono parecia disposto a não vir, fui estender-me na praia sozinho ao relento e essa miúda fez-me acreditar que o sol era um presente que a aurora trazia principalmente para mim.Os seus olhos eram cor de pólvora, o seu cabelo era o rastilho, uma cara sardenta encheu-me o olhar, ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era, ela riu-se e disse baixinho: tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar!
Agora já não vejo o sol nem seu reflexo lunar, o sono parece ter voado com ela e a noite colou-se às minhas costas, tão escura como um pesadelo: Meu amor,parece que eu agora vou seguir sem ti,subir e descer, correr na lama e voar outra vez.

Cara de anjo mau, quem te ensinou a ser sempre a última a rir?
(Meu amor, o impossível seduz)"


Jorge Palma - Cara de anjo mau

O meu tesouro és tu
Eternamente tu

16/12/08

New Order - Bizarre Love Triangle

Afinal é verdade... Só vos dou música!

New Order - Bizarre love triangle

06/12/08

Carta de Amor para um Ordinário de Bolso

És cruel!
Meteste a tua filha num bordel
Enforcaste o caniche com cordel
(...)
És tarado!
Pintaste o sexo cor de rebuçado.


És um porco imundo
Quando queres vais até ao fundo
Não sei onde vais parar



Ena pá 2000 - És cruel

04/12/08

Yacht - Summer Song

Último domingo na Via...

Yacht - Summer Song

30/11/08

Que seja eterno enquanto dure!

Disseste-me hoje que 'não há nada melhor que estar apaixonado'. Se soubesses que não te quero como tu te dás talvez não pensasses da mesma forma. Caso não tivesse vivido o que já vivi, possivelmente ao dizê-lo estarias a parafrasear-me, mas não estás. Descobri que estar apaixonado é mais a luta de adaptação do que eu penso que seria ao que realmente é (sejam as minhas expectativas as melhores possíveis e a desilusão a realidade, ou vice-versa). E isso não é, de todo, a melhor coisa da vida.
As melhores coisas são aquelas que são sempre certas: o regaço confortante dos pais (mesmo após a irritante frase do 'eu avisei-te'); o chegar a casa depois dum dia de praia estafante, tomar um banho quente, vestir o pijama e dormir numa caminha feita de lavado; o chocolate quente do Café com Arte; o quentinho da lareira numa noite de Dezembro, com o cheiro da chanfana na mesa e as conversas repetidas da minha avó e até o descer sozinha à praça, pedir um café torrado no Tropical mas saber que vão lá estar aqueles que, por mais apressados e entediados que estejam, têm sempre uma palavra amiga a dizer.
Poderia incluir nesta lista o sentimento de te amar. É bom, é mágico, provoca as tais borboletas no estomâgo e as ansiedades próprias do estado. Mas o acto de te amar, esse é tudo, menos verdadeiro. Para que esse acto fosse verdadeiro teriamos de partir do pressuposto que tu te darias como és e que eu te amaria como te dás. E isso é mentira. Quando conhecemos alguém, amamos pelo que idealizamos, gostamos do que já conhecemos e amamos pela parte que falta descobrir. O mistério que envolve a descoberta alimenta a paixão e faz-nos gostar cada vez mais da pessoa que temos ao lado. Tudo o que vamos descobrindo vai de alguma forma agradando-nos e acreditamos piamente que o melhor ainda está por descobrir. E amamos. Com o tempo descobrimos que essa pessoa idealizada se resume a tudo que descobrimos nos primeiros tempos da relação e aí, com o dedo crítico, apontamos defeitos e os mesmos desencantam-nos. E há ainda o outro lado da questão, quando alguém se dá a conhecer nunca é um produto original, é apenas uma adaptação. A essência está lá, é claro, mas a pessoa altera-se, transforma-se num ser metamorfoseado que tenta agradar.
Tudo isto para te dizer que gostava de te conhecer e amar-te sem ser pela descoberta, amar-te só porque tu és tu e eu sou eu. Amar-te numa esfera em que não existem relações que nos moldam. Não quero que sejas quem eu sou, não quero ser quem tu és. Não te quero ouvir dizer as minhas frases, não quero gostar da música que tu ouves.
Matemáticamente falando tudo o que quero de nós é que a intersecção de soluções do que somos dê o conjunto vazio, mas que a reunião seja R/0 (não havendo dúvidas de quem ocupa o lugar de -infinito a zero aberto)

20/11/08

Chega de freak!!

O alcool hoje fez-me acreditar que era véspera de Ano Novo.
Ora vejam lá:

Chega de beber cafés queimados no Tropical quando o Académico está mesmo ali ao lado! Chega de parvoíce! Por vezes a solução dos nossos problemas está a menos de 100 metros e por preguiça e habituação somos incapazes de mudar!

Chega de noite sim noite não 'dar um giro à Praça'. Cria-se uma relação de amor-ódio com os espaços. Se lá formos, apanhamos seca porque vemos sempre as mesmas caras, estamos sempre com as mesmas pessoas... Mas se por algum (feliz) acaso formos tomar café ao Quebra ficamos mortinhos por saber quem esteve no Tropical (Nem contigo nem sem ti).

Chega de acreditar que sou uma pessoa apática e sem sentimentos. A verdade é que, apesar de nada me aquecer nem me arrefecer, as boas noites que tenho tido ultimamente foram simplesmente memoráveis. Acho que quanto mais me conveço de uma coisa mais ela se torna verdade, portanto apartir de agora, neste instante já já, vou acreditar que ando com as sensações a mil e que me apaixono por tudo com a mesma garra 'do antigamente'.

Chega de não dar a mínima hipótese às pessoas. Tenho o péssimo hábito de tirar a pinta às pessoas, coisa que por vezes, por muito que custe ao meu 'infalível sexto sentido' acreditar, me traz muitos enganos! Quinze minutinhos de conversa experimental nunca fizeram mal a ninguém e se por força inolvidavel das circunstancias me estiverem a espetar uma seca de morte, há sempre uma qualquer 'aula às quatro' que infelizmente terá de interromper a conversa!

Chega de idealizações do amor, se me sinto envolvida e apaixonada, sinto e pronto, acabou-se! (Tau, já está, já foste, ardeste!) Das coisas que mais odeio é a incrível capacidade que tenho de pormenorizar e planear tudo o que pretendo para mim, incluindo o amor. 'Ai és fantástico? Tens uma conversa incrível e uns olhos azuis lindos de morrer? Ai gostas da mesma música que eu? E já correste meio Mundo e fazes-me rir que nem uma perdida com as tuas estórias inacreditáveis? Mas sabes... rois as unhas... E eu não gosto de pessoas que roem as unhas, desculpa!' (CA BURRA)

Finalmente, chega desta vida ordinária de tardes em cafés e copos à noite, o semestre começa a estreitar, os trabalhos estão com o prazo de entrega à porta e se não me ponho a pau mais um ano no último! E todos concordaremos que já chega de freak!!

16/11/08

This mess we're in - Pj Harvey & Thom Yorke


Pj Harvey & Thom Yorke - This mess we're in

Já lá diz o ditado

A sanidade é relativa, como aliás tudo na vida.
Os actos irreflecidos tomam conta da maioria dos mortais como pedra basilar das suas vidas. Actos esses que, já lá diz o ditado, se perdoam mas não se esquecem.

Tal como homicída que nunca equacionou que pudesse concretizar o crime que o acusam, também eu me deixo levar pela insanidade e pelos sentimentos à flor da pele. Sempre tão ponderada, sempre tão senhora da razão e agora num segundo tudo cai por terra e fico sem conhecer a pessoa que olho no espelho. As minhas mãos sujas de vingança e terror tocam enojadas os fios dos cabelos que se colam nas lágrimas que rolam na face.

Não quero ser a pessoa que tem acordado todos os dias na minha cama. Quero voltar a poder ter o péssimo hábito de julgar os outros com a racionalidade de quem não acha ter telhados de vidro. Há-de raiar a calma de outrora e a fluidez de discurso irritantemente racional que sempre me acompanhou.

E tu hás-de me desculpar.
Já eu,ao contrário do ditado, esqueço sempre, mas nunca perdoo. (a mim)

12/11/08

Ontem

Sim, foste capaz.
Espero que tenhas gostado de me voltar a ver com os olhos a brilhar e com o corpo a tremer ao teu toque. Espero que te tenhas deliciado a cada riso meu e a cada parvoice dita 'como no antigamente'.

Também eu fui capaz. O Ego. Esse destravado egoísta levou-nos a pisar o chão que já há muito nos fugiu. E cresceu. Explodiu. Também eu queria saber que era capaz. E agora que sei, é muito mais fácil dizer adeus.

Com tudo isto pouco se ganha e muito se perde. O espaço que já havia aumenta, a força que já tinha sido criada redobra-se. Mais magestosa que antes, sigo a minha tão perfeita vida criada sem ti. O sentimento... esse guardo comigo no baú das memórias que agora sim se pode fechar.

10/11/08

Problema de Expressão

Estranho é quando a coisa mais romântica que gostamos de ouvir é aquele sotaque nortenho de riso malandro a pronunciar a profunda e apaixonante frase 'Sabes, fodia-te já aqui'

04/11/08

Paixão

As coisas que mais ambicionamos, idealizamo-nos como perfeitas. Fazem-nos dar voltas na cama, sonhamos horas a fio como será quando as conquistarmos. Fazem-nos perder o controlo de nós próprios e viver em função dessa conquista.

E o pior está quando elas depois de concretizadas são melhores do que algum dia pudemos sonhar...

02/11/08

Ele e Eu (e as pseudo-intelectualices irritantes)

Ele- Sabes, não sei se concordarás comigo, mas a Festa das Latas teve um travo especial! Gostei especialmente da edição deste ano, apesar do frio que se fez sentir, das imensas e intermináveis filas de espera e do turbilhão de pessoas que circulavam no interior do recinto sinto que este ano foi diferente, nada do que tinha sido nas edições anteriores, pelo menos as que presenciei.

Eu - Foi diferente? Então quê, este ano houve cerveja?

30/10/08

Vens?

És como o snif de coca sorrateiro mandado às escuras na casa de banho imunda dum desses bares da cidade. Nem o bater na porta acalma a tesão que sinto enquanto me puxas para ti,bruto e sôfrego,me rasgas a roupa e me cravas os dedos nas coxas levando assim toda a resistência que pudesse oferecer. Sentir o calor que emanas, os olhos a desvanecer,as mãos grandes que se perdem em mim. E acordar na certeza duvidante de quando te volto a ver!

28/10/08

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"Sabes bem...!" - foi tudo o que ela lhe disse enquanto ele roçava a boca no seu pescoço, equilibrado num copo de cerveja meio cheio, dizendo-lhe o quão bonita estava no vestido creme de cetim e como lhe apetecia beijá-la.

Ele, ouvindo o prenúncio da sua sorte, puxou-a pela cintura e num repente fê-la sua envolvendo-a num beijo louco de carícias desesperadas.

Ela, sentindo-o perto afasta-o num gesto brusco de surpresa, não evitando o beijo de paixão que sem querer acabou por partilhar com ele.

Eram amigos. Ele sabia que ela ainda amava outro e que ainda acreditava nesse amor. Ela já tinha chorado tantas vezes no seu ombro, despejando as palavras monocórdicas que repetia vezes sem conta.
Mas ele amava-a e simplesmente não queria saber. Afinal, era só um beijo...

Nestes anos que passaram continuaram amigos, continuaram confidentes, e ele continuou a supreende-la com beijo loucos ao sabor da paixão (uns mais inesperados que outros), ela começou a surpreende-lo com visitas de saudades, noites quentes, escaldantes em Novembro ( 'loucas são as noites, que passo sem dormir') e mãos entrelaçadas no fim desta cidade!

Ainda hoje quando celebram os anos que já passaram juntos ela lhe mente, dizendo que já o queria para ela desde aquele primeiro dia. E ele nunca saberá que como em quase tudo nesta vida entre o sabes e o bem, estava uma pequena vírgula que teria na certa mudado todo o rumo desta história!"


A essa vírgula insignifante que deixamos por escrever e que teria na certa mudado o rumo da nossa história.

26/10/08

Happy tree friends

E não é que vieste? :)

Eu

Sou uma pessoa vazia de sentimentos e cheia de emoções.

25/10/08

Hoje

Eu só queria dançar contigo
Sem corpo visível
Dançar como amigo
Se fosse possível
Dois pares de sapatos
Levantando o pó
Dançar como amigo só!

Aos amores!

(desordeiros, irresistíveis, deleituosos, entranhantes, verdadeiros, evitáveis, buliçosos, como dantes, bicolores, transgressores, impostores, cantadores)


Quanto mais o tempo passa, mais longe eu estou de alguma conclusão!

24/10/08

A mania das perguntas

Anestesia?

Será que ainda não doeu porque todo o veneno que espalhámos simplesmente nos anestesia?

E quando passar?

Esse dia

Quero desesperadamente que encontres alguém.
Quero desesperadamente encontrar alguém.
Penso que só nesse dia, quando dermos o primeiro beijo que não foi perfeito, quando tivermos a primeira conversa e sentirmos que é vazia, quando olharmos para os olhos desse alguém e não virmos mundo pela frente a sorrir é que saberemos o quanto nos amámos e o quão felizes podíamos ter sido. Só nesse dia saberemos quantas saudades estão apagadas pela mágoa imensa, quantas conversas perdemos hipótese de ter (tenho tanto para te contar), e quantos beijos perfeitos temos vontade de dar! Aí ansiaremos que aquele ser que ali dormita desapareça, para nos podermos voltar simplesmente a abraçar e sentir num segundo de beijo dos os dias que nos esquecemos de nos amar.

Enforca Cães

A estrada.
Sinuosa, estreita e sufocante.
E é pelo mar que ali estou.
Enquanto percorro os zigzags e tento dominar as tuas manhas, o medo toma-me, o meu estomago aperta-se, contrai-se de angústia. Talvez me engane por mero capricho, talvez goste apenas de sentir a adrenalina, de sofrer um bocadinho sem razão (poderei eu ser mimada a tal ponto?). O que é certo é que já por aqui passei outras vezes, senti o medo, a angústia, a certeza que não ía aguentar dar nem mais um passo. E quando finalmente vislumbro a cidade que começa a acordar e olho para trás e vejo que 'já passou' penso que 'não foi assim tão difícil' e que da próxima vez não hesitarei!
Hoje do topo da montanha volto a olhar o mar e choro. Sinto saudades do gosto salgado, do frio na pele, do arrepio que provocavas ao primeiro toque. Choro o último abraço que ficou lá no fim do Verão.
A estrada fita-me com raiva à espera que eu decida, ouço os gritos desconcertantes do mar mas não percebo o que ele diz.
Talvez me diga que tenho que passar por ali e que vai estar lá, do meu lado a guiar-me, pelos dias felizes que passamos na praia.
Ou então já me esqueceu, talvez já não se lembre das gargalhadas felizes, dos beijos salgados e dos corpos enrolados numa onda e me chame com o seu grito fingido de dor para que eu passe a estrada, e sem dar conta ele me engula triunfante enquanto espera sorrateiro um outro amor. (és tu mar?)
Ou talvez simplesmente me diga que aquele não é o caminho, que apesar de já ter chegado ali que tenho de voltar para trás, que se dou um passo as terras que partimos anteriormente se movem e me engolem para sempre.
Há realmente outro caminho.
No meio da floresta, onde não se ouve nem se sente a brisa do mar passa uma estrada. Estrada plana, de betão duro e frio, sem percalços, sem agitações. É o caminho mais sensato, o que oferece menos perigos, o que acarreta menos riscos. Mas também aquel que mais me afasta de ti.
Porque me mandas ir por lá mar? Terei mesmo que ir sozinha por caminho tão longo como este? Terei mesmo de voltar atrás e reconstruir todo um caminho já percorrido? Mandas-me fazê-lo porque? E se eu me perco mar? Se nunca mais te encontro?
E se tu, velho esquecido que és, quando eu chegar ... já não te lembrares quem sou?