16/11/08

Já lá diz o ditado

A sanidade é relativa, como aliás tudo na vida.
Os actos irreflecidos tomam conta da maioria dos mortais como pedra basilar das suas vidas. Actos esses que, já lá diz o ditado, se perdoam mas não se esquecem.

Tal como homicída que nunca equacionou que pudesse concretizar o crime que o acusam, também eu me deixo levar pela insanidade e pelos sentimentos à flor da pele. Sempre tão ponderada, sempre tão senhora da razão e agora num segundo tudo cai por terra e fico sem conhecer a pessoa que olho no espelho. As minhas mãos sujas de vingança e terror tocam enojadas os fios dos cabelos que se colam nas lágrimas que rolam na face.

Não quero ser a pessoa que tem acordado todos os dias na minha cama. Quero voltar a poder ter o péssimo hábito de julgar os outros com a racionalidade de quem não acha ter telhados de vidro. Há-de raiar a calma de outrora e a fluidez de discurso irritantemente racional que sempre me acompanhou.

E tu hás-de me desculpar.
Já eu,ao contrário do ditado, esqueço sempre, mas nunca perdoo. (a mim)

Sem comentários: