03/07/09

O amor (não pode ser) isto.

Gosto daquela sensação que me deixas. Sentir-me um mero objecto sexual, reduzires-me ao pó e à insignificância, provares-me que 'não és, nem nunca foste nada'. Fazes com perícia e arte de quem sabe do que faz há anos. Choras e deixas-me chorar no teu peito, dizes-me que me lembras, que não me esqueces (que é, apesar da redundância, bastante diferente). Recordas-me do que foi e do que poderia ser. Deixas-me voltar a provar e ouves deliciado que 'tinha saudades'. E no exacto momento em que vez que me rendi, voltas ao teu castelo de facas, e matas-me indiferente e frio.
Se já acreditei que um dia esse castelo desaparecia hoje pouco me importa. Sofro-te outra vez, choro, rezo para que me ligues, me digas que amanhã voltas, que tens saudades minhas, mas aqui, sozinha, sem ti. Amanhã é outro dia e se a gramática diz que uma virgúla seguida de um ponto final é incorrecto, pois eu provarei que assim não o é.

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