Há uma vontade enorme de te dizer o que não digo. De nada valem as palavras do passado ditas num futuro do indicativo.
"As recordações em amor não constituem uma excepção às leis gerais da memória, também ela regida pelas leis do hábito. Como esta enfraquece tudo, o que mais nos faz lembrar uma pessoa é justamente aquilo que havíamos esquecido por ser insignificante e a que assim devolvemos toda a sua força.
A melhor parte da nossa memória está deste modo fora de nós. Está num ar de chuva, num cheiro a quarto fechado ou no de um primeiro fogaréu, seja onde for que de nós mesmos encontremos aquilo que a nossa inteligência pusera de parte, a última reserva do passado, a melhor, aquela que, quando se esgotam todas as outras, sabe ainda fazer-nos chorar." Marcel Proust, in 'A Fugitiva'
27/03/09
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário