18/12/08

Amor clandestino

Amo-te num segredo profundamente altruísta.
Sem que ninguém sequer desconfie (nem mesmo tu), recordo-te nos beijos que não demos e nos passeios que nunca faremos. Numa jura de amor profunda faço meus os teus desejos e entrego-me numa voluptuosa noite de amor imaginada. O altruísmo do segredo evita que te confronte com uma paixão que rejeitas, que te embarace com um amor que não pediste.
E assim, como não sabes, desta forma permites-me a amar-te.
E nesta forma de amor consentido não sofro, porque, desculpa que to diga, se mo permites a sentir é porque o queres e assim também tu, sem saberes, me amas em segredo.


Deolinda - Clandestino

1 comentário:

Anónimo disse...

lol
Este post dá para rir!!!