A vida traz-nos a certeza das palavras que têm de ficar por dizer. O engolir em seco é arte dolorosa que apenas a experiência nos faz aprender a deglutir. A gestão dos silêncios não é só uma técnica comercial que impinge uma espera mais tolerante a um cliente impaciente, mas é sim uma aprendizagem contínua duma salvaguarda que um dia iremos agradecer. Doí muito não perguntar o que atormenta a alma, mas doí bem mais a exposição que essa pergunta traz - assim a vida me sussurrou.
Qualquer pergunta traz consigo um desejo interminável de ver alguma questão esclarecida. E essa vontade traz agarrada ainda outra, bem mais profunda e reveladora. Mostra o que inquieta a alma. Mostra a importância que damos aos temas e, acima de tudo, às pessoas em particular.
E será que esses miseráveis merecem tal importância? É esta a única questão que, tão cedo, ouvirão da minha boca.
30/03/09
29/03/09
Direito de resposta
Resposta ao post de 04-01-2009 "As mais belas frases de amor"
- Eu acredito que o amor foi feito para adormecer nele...
- Oh, dizes isso porque estás com sono!
- Eu acredito que o amor foi feito para adormecer nele...
- Oh, dizes isso porque estás com sono!
28/03/09
[Beijo ; Sexo[
Querer-te é aquele meio espaço entre o primeiro beijo que trocamos e o pós-orgásmico do sexo.
Problema de expressão II
Estranho é quando a coisa mais romântica que gostamos de dizer é, naquele sotaque beirão voiciferante, a profunda e apaixonante frase 'Sabes, és um valente filho da puta!'
27/03/09
Recordar é limitar
Há uma vontade enorme de te dizer o que não digo. De nada valem as palavras do passado ditas num futuro do indicativo.
"As recordações em amor não constituem uma excepção às leis gerais da memória, também ela regida pelas leis do hábito. Como esta enfraquece tudo, o que mais nos faz lembrar uma pessoa é justamente aquilo que havíamos esquecido por ser insignificante e a que assim devolvemos toda a sua força.
A melhor parte da nossa memória está deste modo fora de nós. Está num ar de chuva, num cheiro a quarto fechado ou no de um primeiro fogaréu, seja onde for que de nós mesmos encontremos aquilo que a nossa inteligência pusera de parte, a última reserva do passado, a melhor, aquela que, quando se esgotam todas as outras, sabe ainda fazer-nos chorar." Marcel Proust, in 'A Fugitiva'
"As recordações em amor não constituem uma excepção às leis gerais da memória, também ela regida pelas leis do hábito. Como esta enfraquece tudo, o que mais nos faz lembrar uma pessoa é justamente aquilo que havíamos esquecido por ser insignificante e a que assim devolvemos toda a sua força.
A melhor parte da nossa memória está deste modo fora de nós. Está num ar de chuva, num cheiro a quarto fechado ou no de um primeiro fogaréu, seja onde for que de nós mesmos encontremos aquilo que a nossa inteligência pusera de parte, a última reserva do passado, a melhor, aquela que, quando se esgotam todas as outras, sabe ainda fazer-nos chorar." Marcel Proust, in 'A Fugitiva'
26/03/09
As minhas saudades tuas (Foge foge bandido)
tenho saudades tuas
isso eu sei porque eu sinto no meu peito essas ruas
nunca imaginei um amor assim
e agora até ficou real
mas isso trouxe coisas atrás
no momento de uma decisão percebes tudo o que o
presente faz
mesmo querendo ter alguém eu quero ter-me a mim
mas meu amor
nenhum de nós deixará de ser real
passo por essas ruas
isso eu sei porque eu sinto ter ainda no meu peito
isso eu sei porque eu sinto no meu peito essas ruas
nunca imaginei um amor assim
e agora até ficou real
mas isso trouxe coisas atrás
no momento de uma decisão percebes tudo o que o
presente faz
mesmo querendo ter alguém eu quero ter-me a mim
mas meu amor
nenhum de nós deixará de ser real
passo por essas ruas
isso eu sei porque eu sinto ter ainda no meu peito
coisas tuas
Manuel Cruz - Nunca parto inteiramente
23/03/09
16/03/09
E agora?
Afganistan Argentina Armenia Australia Austria Azerbaizan Bahrain Bangladesh Belgium Bolivia Bosnia&Herzegovina Botswana Brazil Bulgaria Cameroon Canada Chile China Colombia Costa Rica Croatia Czech Republic Denmark Dominican Republic Ecuador Egypt El Salvador Estonia Finland France Gabon Georgia Germany Ghana Greece Guatemala Hong Kong Hungary Iceland India Indonesia Iran Ireland Italy Ivory Coast Japan Jordan Kazakhstan Kenya Korea Kyrgyztan Latvia Lithuania FYR of Macedonia Malaysia Malta Mexico Moldova Morocco The Netherlands New Zealand Nigeria Norway Pakistan Panama Peru The Philippines Poland Portugal Puerto Rico Qatar Romania Russia Rwanda Senegal Serbia Singapore Slovakia Slovenia South Africa Spain Sri Lanka Sweden Switzerland Taiwan Tajikistan Tanzania Thailand Togo Tunisia Turkey Uganda Ukraine United Arab Emirates United Kingdom United States Uruguay Uzbekistan Venezuela Vietnam Zimbabwe
15/03/09
Desaparecer
Desde o presente do indicativo ao pretérito imperfeito, passando pelo gerúndio e culminando até no participio passado, é com a conjugação do verbo desaparecer que me apetece terminar todas as frases
"Hoje vou sair, embebedar-me, levitar, sentir que por segundos desapareço"
"Esta sensação de vazio nunca mais desaparece"
"Há pessoas que, por acto de magia, deviam desaparecer das nossas vidas"
ou só
"Desaparece!"
e até
"Ficas a dormir lá em casa, mas amanhã..."
Radiohead - Last flowers to the hospital
"Hoje vou sair, embebedar-me, levitar, sentir que por segundos desapareço"
"Esta sensação de vazio nunca mais desaparece"
"Há pessoas que, por acto de magia, deviam desaparecer das nossas vidas"
ou só
"Desaparece!"
e até
"Ficas a dormir lá em casa, mas amanhã..."
Radiohead - Last flowers to the hospital
13/03/09
09/03/09
Eu limito-me a dormir,comer e pouco mais...
Há um novo fenómeno que impera por este Mundo fora, que, apesar de não transformar a mulher no chamado sexo dominante, inquieta e faz mossa nos seres que transportam duas bolas num qualquer saco na zona genital: São as supergajas.
Estas são apenas gajas boas, giríssimas, com vidas preenchidas e interessantes, que conseguem conciliar carreiras bem sucedidas com rabos firmes e actividades humanitárias e filantrópicas. Não descuram também casamentos felizes, dúzias de filhos e ainda vidas sociais agitadas.
Qual de nós não queria ter amigos, marido, filhos, carreira, ginásio, mamas gigantescas, cintura de vespa e ainda um tempinho ou outro para dar auxílio a uns quantos pobrezinhos e acharmo-nos assim a Angelina Jolie de Relvas de Baixo? Brilhante, não é? Para alguns até impossível. É apenas uma enorme organização concentrada numa fashion agenda Vogue. A beleza do fenómeno é estas supergajas fazerem tudo o que os homens fazem, mas, como já todos ouvimos num cliché qualquer, fazerem-no de saltos altos.
A todas essas supergajas um bem haja.
Estas são apenas gajas boas, giríssimas, com vidas preenchidas e interessantes, que conseguem conciliar carreiras bem sucedidas com rabos firmes e actividades humanitárias e filantrópicas. Não descuram também casamentos felizes, dúzias de filhos e ainda vidas sociais agitadas.
Qual de nós não queria ter amigos, marido, filhos, carreira, ginásio, mamas gigantescas, cintura de vespa e ainda um tempinho ou outro para dar auxílio a uns quantos pobrezinhos e acharmo-nos assim a Angelina Jolie de Relvas de Baixo? Brilhante, não é? Para alguns até impossível. É apenas uma enorme organização concentrada numa fashion agenda Vogue. A beleza do fenómeno é estas supergajas fazerem tudo o que os homens fazem, mas, como já todos ouvimos num cliché qualquer, fazerem-no de saltos altos.
A todas essas supergajas um bem haja.
05/03/09
04/03/09
03/03/09
Ode à resignação
Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás, dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão,e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva,
É verdadeira. Aceito,
Cerro os olhos: É bastante.
Que mais quero?
O que me dás, dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão,e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva,
É verdadeira. Aceito,
Cerro os olhos: É bastante.
Que mais quero?
Ricardo Reis
01/03/09
'Mas por pouco, muito pouco, eu voltaria a ser louco, amar-te-ia outra vez (?) '
"Não te quero senão porque te quero,
E de querer-te a não te querer chego,
E de esperar-te quando não te espero,
Passa o meu coração do frio ao fogo!
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo!
E a medida do meu amor viajante,
É não te ver e amar-te,
Como um cego...
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
Seu raio cruel meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego,
Nesta história só eu me morro,
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero amor,
A sangue e fogo."
E de querer-te a não te querer chego,
E de esperar-te quando não te espero,
Passa o meu coração do frio ao fogo!
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo!
E a medida do meu amor viajante,
É não te ver e amar-te,
Como um cego...
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
Seu raio cruel meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego,
Nesta história só eu me morro,
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero amor,
A sangue e fogo."
Pablo Neruda
Hoje és bebé!
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