Fazer um exame é como ter um filho de uma gravidez não planeada.
Na altura em que nos matriculamos na cadeira, altura em que, sem nos apercebermos, estamos a começar um novo projecto, estamos a conceber uma criatura embrionária. À medida que as aulas vão avançando e começamos a ter noção da responsabilidade que temos em mãos começamos a ganhar um carinho-ódio pelo dito cujo. Sentimos que nos rouba tempo, começam as preocupações, mas ao mesmo tempo sentimo-lo como nosso e acarinhamo-lo à medida que o vamos vendo crescer e desenvolver dentro de nós (tendo como hipótese que alguma coisa é absorvida naquelas aulas entediantes de duas horas sem intervalo).
Na parte de estudo final que antecede o exame o pânico domina-nos. Não sabemos se aquilo que andamos a carregar no ventre durante tanto tempo vai sair 'perfeitinho e com os dedinhos todos'. Vamos amá-lo e defendê-lo de qualquer forma, gritamos!
Até que cresça e venha um qualquer idiota licenciado por uma qualquer universidade dizer-nos que aquela criança não vingará e que nunca será nada. Opiniões? São como os narizes...
'Volte cá em Setembro, para vermos a evolução' - disse-me o "médico pediatra".
29/06/09
25/06/09
Cumplicidade
E ela transborda felicidade agora. Sentada na sala a fumar um cigarro relembrando os cinco segundos em que ele a olha no meio da conversa de grupo no café. Ele que a lê e conhece e por isso se ri da mesma piada que ela se ri, aquela que não foi contada, aquela em que mais ninguém nota, aquela que só eles entendem, porque só eles a disseram ontem à noite antes de adormecer.
15/06/09
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